O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, disse neste sábado (1º) que não é preciso uma prova “satânica”, “quase impossível”, para ligar o presidente Michel Temer à mala com dinheiro recebida pelo ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), ex-assessor especial de Temer.
Janot defendeu que as provas contra o presidente são mais do que suficientes para apresentar uma denúncia, relembrando uma frase antiga usada dentro da Procuradoria. “Não é possível que para eu pegar um picareta eu tenha que tirar a fotografia do sujeito tirando a carteira do bolso de outro. Ninguém vai passar recibo. Esse tipo de prova é satânica, é quase impossível. Tem que se olhar a narrativa.”
A expressão usada pelo procurador-geral faz um trocadilho com o termo “prova diabólica”. No direito, “prova diabólica” é a modalidade de prova impossível ou excessivamente difícil de ser produzida.
A declaração foi dada durante a palestra “Desafios no combate à corrupção: a Operação Lava Jato” no 12° Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo da Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo). A Operação Lava Jato foi tema central do evento em São Paulo, que começou na quinta-feira (29) e termina neste sábado. As informações são do G1 SP.