Fachin homologa acordo de delação do ex-deputado Pedro Corrêa

PR - LAVA JATO/PETROBRAS - POLÃTICA - O ex-deputado Pedro Corrêa (PP-PE) chega no IML para fazer exame de corpo delito em Curitiba. Condenado pelo processo do Mensalão do PT, Corrêa cumpria pena em regime semiaberto no Agreste de PE e é agora um dos alvos da 11ª fase da operação Lava Jato, deflagrada na sexta e voltada para crimes na Caixa Econômica Federal (CEF) e no Ministério da Saúde. Foto: Geraldo Bubniak/AGB *** PARCEIRO FOLHAPRESS - FOTO COM CUSTO EXTRA E CRÉDITOS OBRIGATÓRIOS ***

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Edson Fachin, relator dos casos da Operação Lava Jato na corte, homologou na semana passada um acordo de delação premiada fechado entre o ex-deputado Pedro Corrêa e o Ministério Público Federal.

Segundo a Folha apurou, o acordo, que está sob sigilo, seguiu do Supremo para a PGR (Procuradoria-Geral da República), que analisará quais informações servirão de base para pedidos de abertura de inquérito. Ainda não houve pedido da PGR para tirar o sigilo do caso.

Ex-deputado pelo PP de Pernambuco e ex-presidente de seu partido, Corrêa foi o primeiro político a decidir delatar e negociava um acordo de colaboração desde 2015. Em março do ano passado, a Folha noticiou que ele se propôs a delatar o ministro do TCU (Tribunal de Contas da União) Augusto Nardes e políticos como o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Eles negam irregularidades. As informações são da Folha de São Paulo.

Em outubro do ano passado, o então relator da Lava Jato no Supremo, Teori Zavascki, enviou o caso de volta ao Ministério Público para que fossem feitos ajustes —à época, não foram divulgados detalhes. Segundo a reportagem apurou na ocasião, um dos problemas era a ausência de documentos que corroborassem os fatos relatados por Corrêa.

Agora, Fachin fez a homologação, um procedimento que analisa aspectos formais do acordo, sem juízo de valor sobre a veracidade dos relatos.

Corrêa foi condenado em outubro de 2015 a 20 anos e 7 meses de prisão pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. A sentença foi uma das mais duras do juiz Sergio Moro, responsável pelas ações da Lava Jato em Curitiba.

Hoje, o ex-deputado está em prisão domiciliar, devido a problemas de saúde.

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